É fundamental que as empresas de relações públicas percebam que não podem deixar o futuro passar. Me refiro assim, à aplicação das medias sociais à todas as vertentes e departamentos dentro de uma consultora de comunicação. Uma das principais é, justamente, a gestão de crises. Isso se quiserem sobreviver às previsões devastadoras da crise mundial em que já estamos inseridos e só tende a piorar nos próximos anos. Como comprova este artigo.
Apesar da contradição aparente que podemos verificar neste outro texto que indica um crescimento excepcional para o sector (pelo menos na América) sabemos de antemão que o mercado demora pelo menos uns três anos a reflectir as questões económicas. Portanto é imperativo que tais empresas se antecipem a tal atraso natural e entendam, que apesar do cliché, o futuro é agora.
Como diz o artigo da Ipsis não se pode “esconder a cabeça na areia em caso de perigo” e para isso devemos estar informados sobre todas as possibilidades e quais acções podem fazer a diferença. Bons argumentos e dicas sobre a gestão de crises na era das medias sociais podem ser encontrados no artigo do Miguel Albano, que indica o texto de Michael Terpin e também vale a pena conferir e acompanhar a série sobre empresas e medias sociais do Bruno Ribeiro.
Só para sublinhar mais uma vez a importância da web 2.0, todos os artigos foram publicados em blogues, e seus autores conhecem e procuram se especializar na área. Isto por si só já é um bom exemplo do caminho a ser seguido. Mas acho que ainda vamos longe do ideal aqui em Portugal. Concordo com Carlos José Teixeira que afirma ser necessária uma maior abertura do debate com as empresas de relações públicas tradicionais, que as poucos vão integrando-se à internet e aprendendo a usá-la de maneira regular. Fica também o aviso de João Duarte que diz que não adianta só aparentar fazer parte da revolução, há que se contribuir com dados relevantes.