O futuro é agora

É fundamental que as empresas de relações públicas percebam que não podem deixar o futuro passar. Me refiro assim, à aplicação das medias sociais à todas as vertentes e departamentos dentro de uma consultora de comunicação. Uma das principais é, justamente, a gestão de crises. Isso se quiserem sobreviver às previsões devastadoras da crise mundial em que já estamos inseridos e só tende a piorar nos próximos anos. Como comprova este artigo.

Apesar da contradição aparente que podemos verificar neste outro texto que indica um crescimento excepcional para o sector (pelo menos na América) sabemos de antemão que o mercado demora pelo menos uns três anos a reflectir as questões económicas. Portanto é imperativo que tais empresas se antecipem a tal atraso natural e entendam, que apesar do cliché, o futuro é agora.

Como diz o artigo da Ipsis não se pode “esconder a cabeça na areia em caso de perigo”  e para isso devemos estar informados sobre todas as possibilidades e quais acções podem fazer a diferença. Bons argumentos e dicas sobre a gestão de crises na era das medias sociais podem ser encontrados no artigo do Miguel Albano, que indica o texto de Michael Terpin e também vale a pena conferir e acompanhar a série sobre empresas e medias sociais do Bruno Ribeiro.

Só para sublinhar mais uma vez a importância da web 2.0, todos os artigos foram publicados em blogues, e seus autores conhecem e procuram se especializar na área. Isto por si só já é um bom exemplo do caminho a ser seguido. Mas acho que ainda vamos longe do ideal aqui em Portugal. Concordo com Carlos José Teixeira que afirma ser necessária uma maior abertura do debate com as empresas de relações públicas tradicionais, que as poucos vão integrando-se à internet e aprendendo a usá-la de maneira regular. Fica também o aviso de João Duarte que diz que não adianta só aparentar fazer parte da revolução, há que se contribuir com dados relevantes.

Mais experiências

Na semana passada a Lift Digital publicou no seu blogue que se utilizou de contactos com bloggers para divulgar a Semana Acadêmica de Lisboa. Nas palavras de Filipe Marques a acção “baseou-se exactamente nos mesmos pressupostos: a relevância do meio para o público-alvo“.

Ao mesmo tempo surgia entre os utilizadores do twitter uma discussão sobre um convite recebido, por alguns bloggers, via email para uma festa de lançamento de produto. Esta segunda iniciativa partiu da já aqui mencionada Torke 2.0. E de acordo com as palavras de Daniel Caeiro “ Estamos a convidar alguns bloggers para estar presentes pois achamos que faz sentido uma vez que se trata de uma plataforma utilizada frequentemente por vocês“.

São duas excelentes iniciativas de duas empresas que já percebem a importância dos bloggers como formadores de opinião. E mostra que algumas consultoras de comunicação e agências de marketing estão a seguir os bons exemplos que vêem de fora.

Acompanharemos o desenvolvimento destas e todas as outras futuras acções.

Assunto da semana – PR BlackLists

Já na entrada abaixo tinha comentado sobre as polêmicas Listas Negras de Relações Públicas elaboradas por jornalistas de importantes meios de comunicação como Gina Trapani, editora do blog Lifehacker e Chris Anderson, editor da revista Wired.

E pelo visto as blacklists são mesmo o assunto da semana. Vários artigos foram publicados a respeito, principalmente, sobre o que fazer para as evitar e proporcionar uma melhor convivência entre os profissionais de relações públicas e os jornalistas na internet.

Um dos exemplos foi o de Brian Solis, com a criação do @MicroPR, descrito no post anterior e Geoff Livingston publicou em seu blogue um artigo sobre como melhorar esta convivência.

No lado de cá do oceano Miguel Albano afirma que precisamos de (in)formação e acção. Precisamos de aprender a relacionarmo-nos com os bloggers, mas essencialmente, precisamos da ajuda deles para entender como interagir com eles sem os incomodar e Bruno Ribeiro comenta que para começar seria importante uma maior intervenção na “comunidade”, isto é, maior índice de leitura e de participação.


A discussão está, portanto, ao rubro e merece ser acompanhada para que não sejam repetidos os erros.

Brian Solis e suas boas ideias

Tomei conhecimento da nova ideia de Brian Solis através do PROpenMic, que continua a revelar-se uma óptima ferramenta de discussão.

A ideia foi criar um novo utilizador do Twitter, o @MicroPR , para servir de “ponte” entre jornalistas e profissionais de relações públicas. A ferramenta serve para que os profissionais de RP possam dar resposta às necessidades dos jornalistas sem o perigo de serem interpretados como Spam e passarem às Blacklists, como relatado aqui.

A ideia surgiu da colaboração de Solis com Stowe Boyd, autor do artigo “Twitpitch Is The Future”.

Já tem muitos seguidores inscritos e vamos ver se funciona.

A Acompanhar

Acabei de ler na newsletter do Jornal Briefing que a Europa irá ter a primeira cimeira sobre Measurement em Junho. Alguém tem mais informações? Eu não achei outras fontes, portanto, fico a acompanhar os desenvolvimentos.

À propósito, uma pequena observação, quando é que uma notícia pode sair sem o “Onde”???